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Campanha da Saúde: surdez
A audição é o sentido que mais nos coloca dentro do mundo e a comunicação humana é um bem de valor inestimável. Costuma-se não perceber a importância da audição em nossas vidas a não ser quando começa a faltar a nós próprios. A surdez, por ser um defeito invisível, não recebe da sociedade a mesma atenção que é dada a portadores de outras deficiências. O deficiente auditivo tende a se separar de outras pessoas, trazendo para si as consequências do isolamento. A dificuldade maior ou menor que ele tem para ouvir e se comunicar depende do grau de surdez, que pode ser leve, moderada, severa e profunda.
 
Como se ouve?
Nas perdas auditivas de grau leve os pacientes costumam dizer que ouvem bem, mas, às vezes, não entendem o que certas pessoas falam. Para haver uma boa comunicação temos que ouvir e entender. Não basta somente ouvir. Um teste de audição (audiometria) vai revelar se há, de fato, alguma deficiência auditiva. Nas perdas auditivas de grau moderado para severo, os sons podem ficar distorcidos, e na conversação as palavras se tornam abafadas e mais difíceis para entender, principalmente quando as pessoas estão conversando em locais com ruído ambiental ou salas onde existe eco. O som da campainha e do telefone tornam-se difíceis de serem ouvidos; o deficiente auditivo pede a todo momento que falem mais alto ou que repitam as palavras.
Nas perdas auditivas profundas existe apenas um resíduo de audição. 
 
O deficiente ouve apenas sons intensos ou percebe somente vibrações. 
Como o médico faz o diagnóstico?
 O tipo de surdez e o diagnóstico é feito através da história do paciente, exame do ouvido e testes com instrumental especializado. O exame complementar mais importante e indispensável é a audiometria.  Muitas vezes a surdez vem acompanhada de tontura e zumbido. Nestes casos, investiga-se também o labirinto (a parte do equilíbrio) e o sistema nervoso relacionado com as queixas.
O exame por imagem como a ressonância magnética (RM) pode ser necessária quando há suspeita de tumor.  
 
Como é o tratamento?
O tratamento da surdez depende da causa. Alguns exemplos de surdez e respectivos tratamentos:
- Se a perda auditiva for devido a um acúmulo de cera no canal do ouvido, o médico simplesmente fará a remoção com o instrumental do consultório.
- Nas perfurações timpânicas e nas lesões ou fixação dos ossículos (martelo, bigorna, estribo), o tratamento é cirúrgico.
- Nos casos de secreção acumulada atrás do tímpano (otite secretora) por mais de 90 dias, a cirurgia também está indicada.
- Na doença de Menière (surdez, tontura, zumbido), o tratamento é clínico e, às vezes, cirúrgico.
- Em casos de tumores, o tratamento indicado pode ser essencialmente cirúrgico, radioterápico ou radio cirúrgico.
 
Como se previne?
Na metade do último século, houve um grande avanço na otologia e na prevenção da surdez. Infelizmente, este avanço não é universal. Pelo menos, um terço da população mundial não é beneficiada por causa da extrema pobreza em que vive.  A prevenção nas pessoas expostas a ruídos intensos, em geral os trabalhadores da indústria pesada, se faz atuando-se sobre a fonte emissora, ou protegendo-se cada trabalhador com o uso de protetores-abafadores colocados nos ouvidos.
A prevenção da surdez hereditária é feita através do aconselhamento genético aos pais. Cuidados médicos no período pré-natal previnem surdez na criança que vai nascer. Doenças como a rubéola, sífilis e toxoplasmose na gestante são exemplos de doenças que podem causar surdez e outras anomalias. Toda mulher, especialmente dos 15 aos 35 anos, deve vacinar-se contra a rubéola. A vacinação é simples e altamente eficaz. Cuidado deve haver também com remédios tóxicos ao ouvido da criança e que são administrados na gestante.
Após o nascimento, a audição da criança pode ficar comprometida por certas doenças infecciosas como meningite, caxumba ou sarampo, contra as quais existe vacinação eficaz. Cuidado novamente com alguns remédios, especialmente certos antibióticos que podem lesar o ouvido da criança. Com os progressos da ciência e tecnologia o diagnóstico de surdez numa criança pode ser feito desde o nascimento. Se há suspeita, a consulta médica deve ser imediata. O tratamento da criança surda deve ser iniciado cedo, já nos primeiros meses. Quanto antes for iniciado o trabalho de habilitação na criança surda, melhor será o aproveitamento na aquisição da linguagem.
 
Aparelhos auditivos
A grande maioria dos pacientes com surdez se beneficia com o uso dos aparelhos auditivos convencionais, cuja função é amplificar os sons. Para outros que não podem usar os aparelhos auditivos convencionais, ou que se beneficiam pouco com eles, estão indicados os aparelhos eletrônicos cirurgicamente implantáveis.
Para pacientes com surdez severa-profunda, que não se beneficiam com nenhum desses aparelhos, está indicado o implante coclear. Os implantes cocleares são sistemas eletrônicos implantados cirurgicamente, que têm a função de transmitir estímulos elétricos ao cérebro através do nervo auditivo. No cérebro, esses estímulos elétricos são interpretados como sons.